domingo, 31 de julho de 2016


termo multiculturalismo se refere a uma pluralidade cultural que convive de forma harmônica. O termo costuma ser utilizado em alguns estudos antropológicos e sociológicos que tenta explicar como as sociedades que possuem um acervo cultural tão diferente convivem entre si. Este tipo de circunstância esteve presente no passado com vários resultados a serem observados, mas também pode ser explorado de forma significativa hoje. De fato, a globalização pode ser entendida em grande parte como um processo de inúmeras culturas que interagem entre si. Com o tempo, vamos saber onde esta situação pode chegar, mas no momento ela se encontra presente e suas consequências podem ser especuladas do ponto de vista positivo como também do negativo.

... Via conceitos.com: http://conceitos.com/multiculturalismo/

O multiculturalismo é um princípio que defende a necessidade de se ir além das atitudes de tolerância entre diferentes culturas num mesmo território ou nação. Para os defensores do multiculturalismo, as diferenças entre culturas que habitam um mesmo estado devem ser respeitadas e encorajadas, para que possa haver uma coexistência harmoniosa. A ideia de multiculturalismo está associada a outros fenômenos contemporâneos como o pós-modernismo e o relativismo cultural. Não há, no entanto, um consenso entre os pensadores desse tema sobre a sua definição. São basicamente dois os conceitos mais utilizados de multiculturalismo: um diz que todas as culturas dentro de uma mesma nação têm o direito de existir mesmo que não haja um fio condutor que as una; outro conceito define multiculturalismo como uma diversidade cultural coexistindo dentro de uma nação em que há um elo cultural comum que mantenha a sociedade unida. 


Tecnologia e Educação


Se por um lado é impensável ignorar a importância da tecnologia na vida de jovens do mundo inteiro, por outro o uso dessa tecnologia na sala de aula ainda gera grandes debates entre educadores e acadêmicos.
Como transformar os investimentos (muitas vezes altos) em tecnologia em ideias que de fato melhorem o desempenho e aprendizado dos alunos?
O tema foi discutido em São Paulo, em um seminário recente da Fundação Santillana e da Unesco (braço da ONU para educação e cultura).
Não há consenso sobre o assunto, e muitos estudos ainda não encontraram correlações diretas entre uso da tecnologia e melhor aprendizado.
Mas observadores acreditam que se internet, tablets, computadores, aplicativos e outras plataformas forem usadas para estimular a imaginação dos alunos e amparar o trabalho do professor, com objetivos claros, podem ter impactos positivos não apenas nas notas, mas no desenvolvimento de habilidades e no engajamento dos estudantes.

O video abaixo a coordenadora de comunicação da Fundação Lemann entrevista o professor de Stanford Paulo Blikstein onde ele fala como utilizar a tecnologia na sala de aula, não apenas para obter informações já existentes, mas para criar e inovar.
  
 
 

Precisamos evoluir, pesar além, e entender o grande potencial das tecnologias para a educação e possibilitar que aja criação e inovação dessas tecnologias para que resultem em transformações sociais e culturais.

Cordel: Todos os caminhos - Marco di Aurélio


Pra quem nasceu pra viver
não há pregação que sirva
pra quem nasceu pra morrer
carece crer noutra vida
e se não fosse o sermão
seria a lei do cão
com passagem só de ida.

Eu mesmo nunca reclamo
da vida que se me deu
não assinei promissória
meu prazo não se venceu
enquanto vivo estiver
faço meus queréquequé
bem longe de quem morreu.

Se você for de igreja
me perdoe a petulância
não acredito no céu
pode ser ignorância
mas eu prefiro viver
sem mais fortuna querer
do que essa extravagância.

Menino, prepare a vida
chega de notícia ruim
esse mundo tá lotado
de quem quer chegar no fim
pois eu mesmo quero é mais
quem quiser olhe pra trás
e se esqueça lá de mim.

Marco di Aurélio é autor da primeira edição de literatura de cordel no sistema Braille no Brasil, transita pelas artes plásticas, pelo cinema, pela fotografia, pelos palcos e pelos contos. Um nordestinado... Um ajuntador de palavras, um tangerino de sonhos.

Cordel


A Literatura de Cordel é poesia popular, história contada e cantadas em versos, em estrofes rimadas. No Brasil, o cordel surgiu na segunda metade do século XIX e expandiu-se da Bahia ao Pará, antes de alcançar outros Estados. Os folhetos, vendidos nas feiras, tornaram-se a principal fonte de divertimento e informação para a população, que via neles o jornal e a enciclopédia, de maneira quase simultânea.
Os temas eram os mais variados: as aventuras de cavalaria, as narrativas de amor e sofrimento, as histórias de animais, as peripécias e diabruras de heróis, os contos maravilhosos e uma infinidade de outros, que nos chegaram pela Literatura oral da Península Ibérica e que a memória popular encarregou-se de preservar e transmitir. Além disso, o poeta nordestino foi incorporando a esse romanceiro, fatos mais próximos do público, ocorridos em seu ambiente social: façanhas de cangaceiros, acontecimentos políticos, catástrofes, milagres e até mesmo a propaganda, com fins religiosos e comerciais.
As xilogravuras e desenhos que ilustram as capas dos folhetos são uma manifestação da criatividade do artista popular, com suas soluções plásticas sintéticas, em que se destaca o traço forte, de rude e bela expressividade.
O cordel é valorizado como expressão poética de alta significação por escritores do porte de Ariano Suassuna, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, Guimarães Rosa, Mario de Andrade, João Cabral de Melo Neto, motivando (e continua a motivar) estudos e pesquisas nas áreas de Antropologia, Folclore, Lingüística, Literatura, História, entre outras.